Safra 2025, preços e produção
- Torra Local Micro Torrefação
- 28 de jan.
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A Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) divulgou a previsão oficial para a produção de café na atual safra brasileira. A estimativa aponta para uma produção total de 51,8 milhões de sacas de café beneficiado, o que representa uma redução de 4,4% em relação à safra anterior.

Para compreender melhor esses números, é necessário analisar individualmente as realidades de cada Estado produtor:
Minas Gerais
Como maior produtor nacional, Minas Gerais deve alcançar 24,8 milhões de sacas, apresentando uma redução de 11,6% em comparação ao ano anterior, devido ao ciclo de baixa bienalidade e à seca prolongada que antecedeu a floração.
Espírito Santo
O segundo maior produtor prevê um crescimento de 9%, com 15,1 milhões de sacas. Este aumento é impulsionado pela produção de conilon, estimada em 11,8 milhões de sacas (+20,1%), resultado dos bons volumes de chuvas registrados entre julho e agosto, que favoreceram a emissão das primeiras floradas e pegamento, resultando em um bom potencial produtivo. Por outro lado, o arábica deve recuar 18,1%.
São Paulo
São Paulo, produtor exclusivamente de arábica, projeta 4,6 milhões de sacas, uma redução de 15,3% causada pela baixa bienalidade e condições climáticas adversas.
Bahia
A produção total na Bahia deve crescer 11,3%, alcançando 3,4 milhões de sacas, sendo 2,2 milhões de conilon e 1,2 milhão de arábica.
Rondônia
Produtor exclusivamente de conilon, Rondônia deve atingir 2,2 milhões de sacas (+6,5%).
Paraná
Predominantemente produtor de arábica, o Paraná estima uma produção de 675,3 mil sacas.
Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, exclusivamente produtor de arábica, a produção é estimada em 373,7 mil sacas.
Goiás e Mato Grosso
Projetam reduções devido à bienalidade negativa e condições climáticas, com produções de 195,5 mil e 267,6 mil sacas, respectivamente.
Assim, a produção total não terá uma queda dramática.
Entretanto, a redução na produção de arábica é dramática sim, pois impacta fortemente o mercado de cafés especiais.
A estimativa aponta uma produção de 34,7 milhões de sacas, uma queda de 12,4% em relação ao ano anterior dos arábicas.
Já para o café conilon, a produção deverá alcançar 17,1 milhões de sacas, um crescimento expressivo de 17,2%.
Esse panorama nos indica manutenção dos preços em alta, o que pode atrasar em alguns anos o desenvolvimento do mercado de cafés especiais no Brasil que vinha crescendo de forma significativa.
Cabe a nós, que dependemos desse mercado, criar alternativas viáveis para manter o nível de atividade apesar da alta de nossa principal matéria-prima.
Fonte: CONAB
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